A estimativa considera um crescimento em torno de 3,5% para o PIB brasileiro neste ano, avanço de reformas como a administrativa e a tributária, e a manutenção das taxas de juros do financiamento imobiliário em patamares baixos
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) projeta um crescimento entre 5% e 10% do mercado imobiliário em 2021 ante 2020. A estimativa considera um crescimento em torno de 3,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, avanço de reformas como a administrativa e a tributária, e a manutenção das taxas de juros do financiamento imobiliário em patamares baixos, segundo o vice-presidente da área de Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci.
A preocupação para este ano, no entanto, é com os preços dos insumos e o risco de desabastecimento de produtos. Segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, isso faz com que o setor “tenha medo de fazer lançamentos”, principalmente, no Programa Casa Verde e Amarela, em que há uma margem de ganho menor.
Martins afirmou que terá algumas reuniões no Ministério da Economia e no de Desenvolvimento Regional (MDR) para tratar a questão do aumento dos insumos. Martins disse que nas reuniões pretende colocar na mesa o problema e discutir o que pode ser minorado, citando como exemplo, mexer nos prazos dos contratos, discutir reequilíbrio de contrato. “Toda a solução dada, gera um efeito. Temos que ver o que pode ser construído”, contou.
Ao apresentar os Indicadores Imobiliários Nacionais divulgados hoje pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Martins ainda ressaltou a queda do orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em habitação e o aumento dos recursos da caderneta de poupança. Segundo o presidente da CBIC, isso mostra que há uma queda do funding do financiamento principalmente para o público de menor renda e onde se concentra o maior déficit habitacional.